Agenda de Compromissos

Outubro

01 - Igreja Batista Central - Jantar para casais - Abreu e Lima
09 - Igreja Batista Pinheirópolis - Encontro de Mulheres - Caruaru - PE
15-17 - Igreja Batista Bíblica - Congresso de Missões - Terra Vermelha - PE
22 - Igreja Batista Rhemaná - 1º Retiro de Mulheres - Rafael - PE
23 - Igreja Betesda Caruaru - Culto da Família - PE
27-31 - SEPAL - Retiro e reunião do comitê - Foz do Iguaçu - PR

sexta-feira, 25 de março de 2011

Violência contra mulher

Tá na cara; não esconda!

“A imagem de Deus... homem e mulher os criou” (Gn 1.27)

Naquela tarde ela entrou no gabinete pastoral. Loira, magra, uns trinta anos. Um pequeno corte no lábio inferior que parecia recente. Bonita, mas de aspecto sofrido; cabelos maltratados e voz pesada.
Veio para se aconselhar após ouvir um programa de rádio que falava sobre as crises familiares. Em pouco tempo de conversa comigo e com Rosélia, a revelação: “Eu sempre apanho do meu marido”.
Cresce a violência do homem contra a mulher. “A cada 15 segundos, uma mulher é agredida por seu companheiro” . Isso acontece sem nenhuma discriminação racial, sócio–econômica ou religiosa. Mulheres negras e brancas, ricas e pobres, católicas e protestantes ou de outras crenças, têm sido vítimas da violência masculina sobre elas.
As causas desta crescente violência, os agressores e as formas como acontecem, bem como as providências a serem tomadas quando ocorrerem atos de violência contra as mulheres, serão aqui abordados.

1. AS CAUSAS – A matriz geradora da violência humana é sem dúvida o pecado. (Gn 4.8), mas há pelo menos mais duas causas que estimulam a esta violência. A primeira é o aspecto físico, ou seja, em geral os homens são mais fortes que as mulheres, e por isso se acham no direito de violentá-las quando há diferenças entre eles. A segunda, e entendo que esta é a maior causa, é a predominância da cultura machista na maioria dos países do mundo; ou seja, os homens se acham superiores às mulheres.
Desde os tempos mais remotos, o mundo é social e economicamente dominando pelos homens. Vemos que “na cultura judaica, assim como nas culturas vizinhas, a mulher era de forma geral colocada em segundo plano” . Os judeus oravam dando “graças a Deus porque não tinham nascido nem gentios, nem mulheres e nem escravos” . E em muitas situações, as mulheres eram “compradas por seu futuro esposo e, inclusive, vendidas como escravos” (Êx 21.7-11). Mesmo no tempo de Jesus e dos apóstolos, elas “não eram consideradas iguais aos homens... e eram obrigadas a obedecer ao marido como dono, e essa obediência era um dever religioso” .
Com base nesta suposta superioridade genérica, foi formada uma consciência coletiva, que funciona como uma conserva cultural. Logo, apoiados por esta suposta superioridade, os homens agridem as mulheres.

2. OS AGRESSORES E AS FORMAS – Conforme o Disque Denúncia , em Pernambuco, a maioria das agressões ocorrem dentro das casas, no ambiente infrafamiliar, e são causadas pelos parentes mais próximos como maridos ou companheiros (87%), avós (2%) e pais (1%). As formas mais comuns são as agressões físicas, com lesões corporais tais como murros no rosto, quebra de braço, chutes, incluindo-se também o abuso sexual, quando se trata de crianças e adolescentes. Já as agressões verbais se caracterizam por ameaças como: “eu vou te pegar” e “eu vou te matar”.

3. AS PROVIDÊNCIAS – A violência não deve ser tolerada em qualquer circunstância, mas combatida com a paz e a justiça, pois somo filhos do príncipe da paz (Isaías 9:6), e herdeiros de um reino de justiça (Mt 6.33). Ela não pode ser combatida com violência, mas pela cultura da paz e da justiça. Logo a primeira providência a ser tomada em relação à violência contra a mulher, é a precaução, evitando o primeiro tapa.

3.1. PRECAUÇÃO - Evite o primeiro tapa, pois o primeiro tapa a gente nunca esquece. Querida leitora, esteja atenta, “com as antenas ligadas”. Quando perceber agressividade por parte de seu marido ou companheiro, ou quando lhe fizer ameaças, previna-se. Busque o diálogo com ele até esgotar o assunto, e deixe bem claro que você é uma mulher criada à imagem de Deus (Gn 1.27), e não vai ficar passiva caso uma agressão concreta aconteça. Na maioria das vezes o homem que bate na mulher, o faz porque sente que ela não vai reagir. Se os dois forem crentes, procure o pastor da Igreja, irmãos de confiança e os torne cientes da situação, pois o silêncio é o amigo íntimo da violência. No caso da violência acontecer, tome a segunda providência, a legal.

3.2. LEGAL - É preciso procurar uma delegacia, de preferência a da mulher, para prestar queixa e fazer o exame físico para que se comprove a agressão. Ele, o agressor, vai ser chamado lá, e repreendido por uma mulher, e vai pensar outra vez antes de proceder de forma violenta. A providência psicológica também é fundamental.

3.3. APOIO PSICOLÓGICO – Uma mulher que apanha e aceita continuar apanhando, tem sérios problemas psicológicos e precisa de urgente tratamento. A auto-estima está num nível muito baixo. Voltando a falar da senhora que entrou no meu gabinete para se aconselhar, eu perguntei por que ela não deixava aquele marido, (na verdade companheiro pai de sua filha)? Ela respondeu que era porque gostava muito dele. Ela gostava dele, mas não gostava de si mesma. Nesta hora é importante lembrar que Jesus ensinou que devemos amar ao próximo como a nós mesmos (Mt 19.19). Ela Chorou e pediu ajuda para solucionar aquele problema que tanto a angustiava. Eu e Rosélia conversamos e oramos com ela, mostramos o valor que ela possui diante de Deus e dos homens e a convidamos para voltar, mas ela não retornou.

Se você querida leitora apanha do seu marido ou companheiro, ou se você sabe de alguma amiga ou irmã que está nesta condição, saiba que é urgente a necessidade de buscar ajuda psicológica. A outra providência que também julgo necessária é a pastoral.

3.4. AÇÃO PASTORAL – É importante que cada mulher neste mundo tome conhecimento do seu valor. Que todas saibam que não são inferiores, nem superiores aos homens. Por isso desejo propor uma rápida pastoral feminina, que também chamo de GINETEOLOGIA, que resgate a igualdade em termos de valores, entre homem e mulher.
a. Deus os FORMOU iguais (Gn 1.27,28) – Ambos foram formados à imagem e semelhança de Deus, e os dois, em parceria receberam a benção de Deus, e a ordem de encher a terra, sujeitá-la e dominá-la. Os dois, não só o homem.
b. O Pecado DEFORMOU a relação do casal (Gn 3.16) – No princípio ambos recebem o mandato de dominar a terra, mas com a entrada do pecado entre eles, a relação que era igual e de parceria, passa a ser desigual e de dominação “ele te governará”. Ao invés dos dois dominarem a terra, o homem passa a dominar a mulher. Logo toda relação na qual há o domínio de um sobre o outro, é uma relação que está sob a influência do pecado.
c. O Evangelho TRANSFORMOU o Projeto Original (Gl 3.28) – As Boas Novas de Jesus Cristo são a da formação de uma nova sociedade, uma sociedade de iguais, de resgate de valores perdidos. Que nela não haja dominação nem competição, mas cooperação e parceria entre todos. Sem o orgulho dos Judeus sobre os gentios, nem a dominação de uma raça sobre a outra, e nem a superioridade do homem sobre a mulher, pois nesta nova comunidade, todos são iguais, em um só: CRISTO!
Portanto o que Deus criou e o pecado deformou, o Evangelho transformou, resgatou. Aleluia!

CONCLUSÃO – Meu desejo é que cada amada leitora de Vida Cristã possa se fortalecer nos valores do Reino de Deus, quanto à sua posição como mulher, evitando que as atitudes de violência cheguem até vocês, e caso ela já tenha acontecido, buscar agir de forma adequada, para desfrutar o que Jesus lhe prometeu: vida abundante na terra (Jo 10.10), e vida eterna nos céus (Jo 5.24).

Que Deus as abençoe!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Uma Mulher no caos

“Irei atrás de meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água...” (Oséias 2:5b)
GÔMER, ERA UMA MULHER (DES)VIRTUOSA, UMA MULHER NO CAOS


Introdução – Gômer, a esposa do profeta Oséias, em nada se parece com a mulher virtuosa de Provérbios 31. Ao invés de amar a seu marido ela o traiu e o abandonou, como também a seus filhos. Ao invés de trabalhar, buscava o pão na prática da prostituição. Não era pura, mas pecadora, cometendo toda sorte de impureza possível a uma mulher. Era insegura e triste, sem auto-estima e andava errante, sem afeto, em busca de aventuras. Podemos chamá-la de mulher (des)virtuosa. Não amava a si mesma, não amava a seu marido, nem a seus filhos, nem a seus amantes, tão pouco aos valores eternos do Senhor. Só amava aos prazeres transitórios da vida: muito sexo, bebida, noitadas, gargalhadas em alta voz, mas vazias de sentido... Quem sabe dizendo algumas vezes: “quanto mais melhor”, sem medir as conseqüências de seus atos. Mesmo tendo sido muito amada por seu marido, desprezou este grande amor.
A expressão que caracterizava Gômer, esposa do profeta Oséias era o não-amor. A ausência do amor de Deus em sua vida, fazia com que ela não amasse a si mesma, nem ao seu marido nem aos seus filhos. Ela não conseguia amar a vida, por isso buscava tantas alternativas de prazeres passageiros, transformando sua vida num verdadeiro caos.
Assim foi a sua vida:

1. O NÃO-AMOR A SI MESMA (Oséias 1:2) “...uma mulher de prostituições”
Gômer era uma mulher que vivia na prática da prostituição. As causas que a levaram a tal situação, não se sabe exatamente, mas certamente um dos elementos que faz uma pessoa não se amar é a ausência de amor de seus pais e de sua família, o seu mundo importante, ou significativo. Uma mulher que vende seu corpo, ou outros valores do seu ser, como a sua consciência por exemplo, é uma pessoa que ainda não descobriu o seu verdadeiro valor, ainda não aprendeu a amar a si mesma.
Uma mulher que nunca foi muito amada e de repente recebe uma “over dose” de amor, pode não se sentir merecedora deste amor e ao invés de retribuir com amor, ela machuca e rejeita quem a ama.
A esposa de Oséias, Gômer, não amava a si mesma.

2. O NÃO-AMOR A SUA FAMÍLIA (Oséias 2:5a) “...irei atrás de meus amantes...”
É incrível como isso pôde acontecer, mas infelizmente aconteceu e ainda acontece. Mulheres deixam seus maridos e seus filhos e vão atrás de aventuras amorosas, loucamente apaixonadas. Às vezes influenciadas por amigas, vizinhas, filmes ou novelas perniciosas que estimulam este tipo de comportamento.
Sem conseguir resistir, ela se lançava no mundo e sofria as conseqüências dolorosas. Procurava prazer, bebida, comida... fora de casa. Buscava o proibido e o diferente, porque sua relação com seu marido e filhos não era de afeto e de confiança. Mesmo que eles a amassem muito, ela não conseguia amá-los. Como deve ter doido o coração de Oséias e de seus filhos, ao serem rejeitados por sua esposa e mãe.
Assim também sofre o Senhor, quando nós o traímos e o deixamos com nossas “prostituições”.
A mulher de Oséias, não amava a sua família.

3. O NÃO-AMOR AOS SEUS AMANTES (Oséias 2:5b) “...meus amantes me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas”
A busca por amantes, não era uma busca por um amor de verdade, mas “justificada” pela satisfação das necessidades básicas, que por sinal já eram supridas dentro de casa. Gômer era uma mulher ansiosa, que nada a satisfazia, era inquieta. Quanto mais tinha, mais queria. Como símbolo do próprio povo de Israel, quando desejou um rei. O Senhor queria ser o rei deles, mas disseram o seguinte a Samuel: “constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós... como o têm todas as nações” (I Samuel 8:5).
Ás vezes é exatamente assim que acontece com algumas mulheres, homens e famílias em geral. A nossa ansiedade nos leva a desejar o que não temos, deixando de ver o que possuímos, que muitas vezes é muito mais precioso. Como diz o ditado popular: “A grama do vizinho é sempre mais verde, e a galinha do vizinho sempre mais gorda.”
O não-amor a si mesma gerou em Gômer outros não-amores.

4. O NÃO-AMOR AOS VALORES DO SENHOR (V. 2:13b) “Andou atrás de seus amantes, mas de mim se esqueceu, diz o Senhor.”
Por mais que recebesse o amor do Senhor e conhecesse os seus valores através do profeta Oséias, ela não conseguia experimentá-los. Encontrava sempre uma forma de fazer algo errado para contrariar a Deus e rejeitar o seu amor. “Festas, luas novas, sábados solenidades, prostituições, amantes, trigo, vinho, óleo...” Vendendo o corpo com pagamento e tudo. “a paga que me deram meus amantes” (v.12).
O Senhor deu a ela a oportunidade de mudar de vida, ser transformada, receber e viver este amor eterno e maravilhoso (2:14-23). Tentativas foram feitas, mas ao que parece a esposa de Oséias, símbolo do povo de Deus, não aproveitou a chance, e outra vez voltou aos seus caminhos de prostituição e erro: “Ó Efraim, que tenho eu com os ídolos?” (14:8a).
As mulheres virtuosas que amam a Deus devem aproveitar as oportunidades para melhorar o seu relacionamento com Ele, amando-O e aos seus valores.
A esposa de Oséias, uma mulher (des)virtuosa, não amou os valores do Senhor, e sua vida tornou-se num caos.
Dedico essas quadrinhas a todas as mulheres que não desejam que suas vidas sejam um caos.

MULHER (DES)VIRTUOSA: UMA MULHER NO CAOS

I
GÔMER, A MULHER DE OSÉIAS
NÃO ERA UMA MULHER IDEAL
ELA FOI MUITO AMADA
MESMO ANDANDO NO CAMINHO MAL
AINDA NA SUA VIDA ERRADA
FOI POR AMOR PERDOADA:
AMOR INCONDICIONAL

II
MAS ELA FEZ A OPÇÃO
DE JOGAR FORA UM GRANDE AMOR
E COM ESSA TRAIÇÃO
ENCHEU UM CORAÇÃO DE DOR
RETORNOU À VIDA ANTIGA
AO SER PELA TENTAÇÃO ATRAÍDA
VOLTOU À RUA DO AMARGOR
PARA UM CAMINHO DISTANTE
LONGE DO AMOR DO SENHOR

Que Deus abençoe a todas

sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma Mulher Ideal

Mulher virtuosa, quem a achará?” (Provérbios 31:10)

A ANÔNIMA MULHER DE PROVÉRBIOS 31, ERA UMA MULHER IDEAL

Introdução – A mulher descrita em Provérbios 31 era simplesmente perfeita. Certamente todas as mulheres cristãs desejam ser como ela, e todo homem deseja ter uma esposa assim. Primeiro, ela não passava por crise de qualquer tipo em sua vida. Não tinha problemas familiares com o marido, nem com os filhos, sua casa era um verdadeiro céu. Não passava por problemas financeiros pois trabalhava como uma executiva do século XXI, fazia bons negócios e era sempre bem sucedida. Ah! Ela tinha empregadas que cumpriam as suas ordens e a ajudavam em todas as suas tarefas, por isso ela não tinha estresse doméstico. Socialmente falando, freqüentava a roda da alta sociedade, e seu marido era notado pelas pessoas enquanto sentava entre juízes, líderes e governantes. Além de tudo, era uma mulher santa, sem problemas espirituais. Colocava a beleza física em 2° plano, e exaltava a beleza interior, reconhecendo que o verdadeiro elogio a uma mulher deveria ser por sua intimidade e temor ao Senhor.

Qual o segredo desta mulher? podemos perguntar! Certamente não há uma regra fixa e simples a ser repetida por todas as mulheres para alcançar o sucesso da mulher virtuosa, mas nas características citadas no texto, vemos uma que é marcante, o amor. Segundo o Dr. Merval Rosa, uma pessoa sadia ama e produz. A mulher virtuosa possuía estas duas características. O resultado de uma vida cheia de amor é uma vida virtuosa, que passaremos a descrever agora. Ela possuía amor e o colocava nos seus relacionamentos e ações.

1- O AMOR A SI MESMA (V. 10b) “O seu valor excede o de finas jóias”

Este é o primeiro amor que notamos no início da descrição das características desta mulher. É ressaltado do seu valor pessoal. Ela valia mais que as jóias muito caras. Um dos maiores valores que uma mulher possui está na consciência de quanto ela vale. Quantas mulheres não sabem disso e vendem o seu corpo como objeto a um homem para que ele o use e “desfrute” dele por alguns momentos apenas, para a satisfação de seus desejos físicos. Outras são espancadas e se deixam espancar por não saberem quanto valem. A mulher virtuosa tinha a percepção que foi criada à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26,27). Ela sabia que uma só mulher, vale mais que toda a riqueza do mundo junta. A mulher virtuosa amava a si mesma.

2- O AMOR À SUA FAMÍLIA (V. 11, 12, 21, 23, 28) “O coração do seu marido confia nela.”

Pelo menos 5 vezes foram feitas referências à sua relação familiar. Esta mulher amava a seu marido e a seus filhos. Havia entre ela e o marido, por exemplo, uma forte relação de confiança e afeto, que são dois fortes pilares de um relacionamento conjugal sadio. Quando um casal se ama, há o desejo de um ser fiel ao outro, e de buscar sempre o bem estar do outro. Infelizmente a quantidade de traições cresce bastante em nossos dias. Tanto homens quanto mulheres traem, rompendo assim o afeto e a confiança entre eles.

Seus filhos a elogiavam e eram também por ela cuidados e agasalhados nos momentos de frio. Havia naquela família uma relação de troca afetuosa que também pode haver nas nossas. Mulheres que tratam mal a seus filhos, e são por eles maltratadas, precisam buscar ajuda para que o amor flua nessa relação familiar. A mulher virtuosa, amava a sua família.

3- O AMOR AO SEU TRABALHO (V. 13-19) “...de bom grado, trabalha com as mãos”

Em se tratando de ocupação no mercado de trabalho, esta mulher estava bem à frente de seu tempo. No meio de uma cultura machista há mais de 700 anos antes de Cristo, ela parecia uma mulher-mãe que vive nos nossos dias, em pleno século XXI, com uma jornada tripla de trabalho: duas fora de casa e uma em casa. Levantava cedo, trabalhava com as mãos, providenciava o pão para a sua casa, comprava, vendia, delegava, ajudava aos pobres... Posso imaginar que ela ainda arranjava um tempinho para cuidar de sua beleza feminina.

Ela trabalhava com muita alegria e amor, e por isso o seu trabalho fluía de forma natural e era produtivo.

Quando não amamos o trabalho que fazemos, então levantamos com preguiça, resmungamos, reclamamos, somos pessimistas e os resultados não acontecem. A mulher de Provérbios 31, via virtude em seu trabalho, e o fazia com amor.

4- O AMOR AO SENHOR (V.30) “...a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.”

Conquanto ela fosse exaltada por todas as outras qualidades já citadas, o texto é enfático ao dizer que a mulher que deve ser louvada, é a que teme ao Senhor, cuja beleza mais importante é a interior. É muito provável que ela fosse também uma mulher bonita, pois se cuidava, trabalhava e fazia tudo com amor, e isso embeleza as pessoas, O “poetinha”, como era carinhosamente chamado Vinícius de Morais, se enganou quando disse: “as feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. Ele estava enfatizando apenas as curvas e o balanço das “garotas de Ipanema”, que não contam para o desenvolvimento da beleza interior, que é o amor e o temor ao Senhor. Às vezes até atrapalha, pois algumas mulheres quando se acham muito bonitas se tornam vaidosas e orgulhosas, afastando-se assim de Deus. Para uma mulher ser bonita de verdade, ela precisa amar e temer ao Senhor.

Concluímos com essas quadrinhas que dedicamos a todas as mulheres que desejam ser virtuosas.

MULHER VIRTUOSA: UMA MULHER IDEAL

I

UMA MULHER VIRTUOSA

É A MULHER IDEAL

ELA É TRABALHADORA

SEMPRE FAZ BEM E NÃO MAL

ENTRE PESSOAS IMPORTANTES

SEU MARIDO É O TAL

E ENTRE OS COMERCIANTES

ELA FAZ BONS NEGÓCIOS AFINAL

II

SEUS FILHOS A CHAMAM DITOSA

E ANDAM SEMPRE BEM VESTIDOS

DESFRUTAM FARTURA NA MESA

ESTÃO SEMPRE GARANTIDOS

DEVIA SER BONITA POR FORA

APESAR DE SABER COM FERVOR

QUE A VERDADEIRA BELEZA

DA MULHER QUE TEME AO SENHOR

É A BELEZA INTERIOR

Que Deus as abençoe

Pr. Marcos Quaresma

quarta-feira, 9 de março de 2011

Uma Mulher Real

“Senhor dá-me dessa água, para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la”.
(João 4:15b)
A SAMARITANA QUE ENCONTROU JESUS, ERA UMA MULHER REAL

Introdução – A mulher samaritana, era uma mulher real, que passou por diversas crises em sua vida, como muitas neste mundo também passam.
Por ser discriminada pelos judeus e mal vista por sua sociedade, freqüentava o poço d’água nos horários de pouco movimento.
Pelo que podemos ler na história do capítulo 4 do Evangelho de João, ela era muito sofrida, já que tinha passado por cinco separações.
A mulher samaritana também se sentia culpada por ser “a outra” de um homem casado, com o qual estava envolvida. Era uma pessoa com a alma árida, com muitas sedes: Sede de água (H2O), mas também sede de um verdadeiro amor, que havia buscado em cinco casamentos que não deram certo. Todas as suas investidas amorosas fracassaram, e a atual não iria muito longe.
Era solitária, pois buscava água sozinha no poço, que simboliza também a sua situação: Ela chegou ao “fundo do poço”. A Psicoterapeuta Fátima Fontes costuma dizer que a vantagem de se chegar ao fundo do poço é que só há uma saída: prá cima!
Mas ao encontrar-se com Jesus, viu uma oportunidade de mudança. Discutiu história, discriminação racial e teologia com ele, e afinal rendeu-se ao seu poder e aos seus argumentos amorosos. Passou por uma profunda restauração e mudou de vida. Bebeu a água viva, nunca mais voltou a ter sede, e ainda distribuiu com seus amigos.
A samaritana, era uma mulher real, que passou por momentos difíceis, e conseguiu superá-los e se restaurar na companhia de Cristo.
A palavra que marca a vida da samaritana é restauração, que aconteceu da seguinte forma:

1. NÃO AMAVA A SI MESMA (V.17) “...cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens, não é teu...”
O não amor a si mesma, fez com que aquela mulher não amasse aos “seus maridos”, nem à sua próxima (estava com o marido de outra), e assim levava uma vida entre erros e acertos, com mais erros do que acertos.
Certa irmã após separar de seu marido disse: “Aquela foi a caneta mais pesada que eu já segurei”. As dores de um divórcio ao que aprece, são muito grandes, pois deixam marcas profundas na alma do casal e também de seus filhos.
Algumas mulheres amam muito a seus maridos e filhos e realmente devem amá-los, mas esquecem de amarem a si mesmas conforme o mandamento de Jesus: “... amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22.39b)
A mulher samaritana não amava a si mesma.

2. AMAVA A RELIGIÃO, MAS NÃO CONHECIA A DEUS (V. 20) “Nossos pais adoravam neste monte...”
Desde a divisão de Israel entre o reino do norte (Israel) e do sul (Judá): I Reis 12, não há harmonia entre judeus e samaritanos. Primeiro porque os samaritanos fizeram um novo centro de adoração ao Senhor. Em segundo lugar, a situação se agravou quando houve o exílio do reino do norte (Israel), para a Assíria, pois os principais cidadãos de Israel foram levados cativos em 722 antes de Cristo. Parte do povo conquistado foi levado como escravo para o território dos conquistadores, e o território de Samaria foi ocupado por não judeus. Logo os judeus não se dão com os samaritanos, em parte porque fizeram um novo centro de adoração ao Senhor depois da divisão do reino, e em parte porque são estrangeiros.
Com uma religiosidade aprendida com seus antepassados, descendentes de Jacó (v.12), esta mulher participava de cerimônias de adoração religiosa, com data e locais específicos: “neste monte”. Amava as tradições, os ritos e os lugares, mas ainda não conhecia a essência do verdadeiro amor e adoração a Deus (v.24).
É possível a qualquer pessoa ir à igreja, respeitar certas datas, participar dos cultos, contribuir e ainda assim não conhecer a Deus. Assim era a samaritana: Amava a tradição religiosa, mas ainda não conhecia ao Senhor.

3. RECEBEU O AMOR DE CRISTO (V. 25,26) “Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias...eu o sou, eu que falo contigo.”
Ela foi amada por Jesus, que se revelou naquele momento e lhe deu uma grande oportunidade. A Bíblia nos mostra que Deus é o Deus da segunda chance, da oportunidade. Logo, a Igreja, que é o corpo de Cristo, também deve espelhar este modelo de amor, o amor incondicional. Como disse certa vez o Pr. Adair Gomes da Luz, “A Igreja não é um clube de santos, mas um hospital de doentes”. Mesmo que a comunidade como instituição possua suas normas, não pode ser fria a ponto de abrir mão do amor e acolhimento às pessoas que estão com sede espiritual, em busca da restauração de suas vidas.
A mulher samaritana foi amada por Jesus e ao receber este grande amor, restaurou completamente sua vida.

4. AMOU AO PRÓXIMO (V. 28,29) “...deixou o seu cântaro, foi à cidade...”
Aquela mulher que estava solitária, após se encontrar com Jesus e saciar a sua sede espiritual, deixou o seu cântaro e foi à cidade para falar aos seus conhecidos e amigos sobre o amor que havia mudado a sua vida. Deixar o cântaro simboliza que não tinha mais sede. Ir à cidade mostra o seu desejo de compartilhar com outras pessoas aquele grande amor. Agora sim, havia encontrado um amor de verdade, não aqueles amores passageiros, que vêm por um momento apenas interessados em prazeres momentâneos e logo vão embora. Um amor que veio para ficar e mudar completamente a sua vida. Só quem tem amor de verdade pode distribuí-lo com os outros.
A samaritana foi amada por Jesus e espalhou o amor que recebeu com o seu próximo.
Ofereço estas quadrinhas a todas as mulheres que um dia já tiveram o privilégio de ter suas vidas restauradas pelo encontro com Jesus.

MULHER SAMARITANA: UMA MULHER REAL

I
A MULHER SAMARITANA
TEM HISTÓRIA INTERESSANTE
ESTAVA SOZINHA NO POÇO
NUM MUI DIFÍCIL INSTANTE
TINHA UMA VIDA ÁRIDA
TANTO POR DENTRO COMO POR FORA
SE TINHA SEDE DE ÁGUA
TINHA TAMBÉM DE AMOR
POIS CINCO DIVÓRCIOS JÁ PASSARA
EM SUA ALMA ERA GRANDE A DOR

II
MAS VIU OPORTUNIDADE
QUANDO A JESUS ENCONTROU
UM PROFETA COM AFETO
SUA HISTÓRIA REVELOU
NÃO PERDEU AQUELA CHANCE
RECEBEU ÁGUA COMPLETA
E AOS SEUS COMPATRIOTAS
CHEIA DE ALEGRIA E VIGOR
ANUNCIOU QUE TINHA ACHADO
O SEU GRANDE SALVADOR

Que Deus as abençoe

Famílias melhores, fazem uma sociedade melhor!

Thales, Rosélia, Marcos, Tharsis e Thaiane